Crash de 1987, a maior queda diária do Dow Jones

Crash de 1987
O ano de 1987 ficou marcado no mercado financeiro pela queda de 22,6% do índice Dow Jones no dia 19 de outubro. Até hoje não se sabe ao certo o que levou ao índice ter uma queda tão grande, muito superior inclusive à maior queda que teria sido vista durante a crise de 1929.

Os preços das ações vinham subindo muito forte desde 1982. Mesmo com a economia dos EUA se expandindo de forma mais lenta a partir de 1985, os investidores seguiam otimistas demais com as novas aberturas de capital. Várias empresas não possuíam fundamentos que justificassem tamanha alta. Também havia animação com as fusões e aquisições que estavam ocorrendo no mercado. Justamente por essas “junções” de empresas, os balanços apresentavam lucros superiores, porém essa prática apenas maquiava a estagnação de produção das empresas. Muitos analistas alertavam sobre o descolamento entre o preço das ações e os reais fundamentos das empresas.

Os aumentos dos déficits dos EUA durante o governo de Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos na época, eram uma grande preocupação. O índice Dow Jones já havia apresentado queda durante a semana anterior ao crash, após o governo ter anunciado um déficit comercial de U$ 16bi.

Em 19 de outubro de 2017, os mercados mundiais iniciavam o pregão tensos com a possibilidade de conflito, após o Irã ter atacado navios petroleiros dos Estados Unidos em Kuwait. Enfim, vários poderiam ser os motivos da queda, mas nem o mais pessimista investidor imaginava que ela seria tão “catastrófica” como foi. Em pânico, os investidores venderam suas ações a qualquer preço, inclusive as ações de grandes companhias. A data ficou conhecida como “Segunda-feira negra”. O índice Dow Jones caiu de 2.246 para 1.738 pontos. Tudo indica que, além dos fatores já citados, colaborou bastante para a queda o uso de sistemas automáticos de trading, que teriam acionado várias vendas automáticas ao mesmo tempo quando o índice Dow Jones perdeu um determinado ponto de suporte.

O crash de 1987 marcou a criação do Circuit Breaker, mecanismo de proteção acionado em grandes quedas da bolsa, que suspende as negociações quando o índice em questão cai uma determinada porcentagem. Foi uma crise rapidamente controlada, pois imediatamente o FED injetou dinheiro nos bancos e acalmou o mercado, que estava temeroso em relação a um possível início de recessão. Mesmo assim, a data ficou na memória de muitos investidores, devido à queda acentuada em um único dia no Dow Jones e nos mercados ao redor do mundo.

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