Ter tulipas se tornou uma mania (essa é a origem do nome “Mania das tulipas” ou “Tulipomania” dado ao episódio) e todo mundo as queria, por considerar que era um símbolo de posição social. Observando a alta procura que esse mercado estava tendo, especuladores começaram a comprar tulipas e revende-las cada vez mais caras. A euforia era tanta, que pessoas entregavam todos os seus pertences para ter tulipas. Essa alta procura inflou os preços de forma absurda em pouco tempo, deixando o valor de mercado das tulipas completamente distorcido.
A demora e época para os bulbos florescerem era um verdadeiro empecilho. As plantas só podiam ser vendidas em meses específicos do ano. Para que os negócios não perdessem força durante as outras épocas do ano, começaram a ser criados os contratos futuros das Tulipas. Ou seja, contratos em que haviam duas partes envolvidas, o vendedor e o comprador. Na época estabelecida no contrato, o vendedor teria que obrigatoriamente entregar as Tulipas e o comprador seria obrigado a compra-las. Esses contratos foram negociados na bolsa de valores de Amsterdã, de tanta procura que havia.
Em 1637 um comprador dos contratos não honrou com seu compromisso de compra. Isso gerou uma reação muito negativa no mercado e a bolha estourou. O preço das Tulipas caiu de forma brusca, pois o mercado se deu conta que estava pagando fortunas por uma planta. Era algo totalmente fora da realidade. Para intensificar a queda, ainda foi descoberto que alguns vendedores dos contratos estavam se comprometendo a vender mais Tulipas do que realmente teriam para oferecer.
No final, aqueles que ficaram com as plantas possuíam em agora algo completamente sem valor em mãos. Não havia mais quem quisesse comprar Tulipas e inclusive os compradores de contratos não honravam seu compromisso de compra. Várias pessoas foram a falência nesse episódio, que foi a primeira grande bolha do mercado financeiro.